O descolado deslocado em seu carro
Vagueia a passear em seu bairro
Seu rumo sem prumo rodeia o mundo
Que gira e pira sem nunca ser profundo
Colado em seu tato, o deslocado cai no buraco
Descolado, ri e sorri de seu desagradável acaso
Sem lugar para estar
Sorri escondendo seu pesar
Por não ter um lar para repousar
Assim é o descolado deslocado
Fora do tempo e sem momento
Sem terra, sem casa e sem alento